Às vésperas da visita à ONU, e durante esta, Dilma Rousseff recebeu em sua defesa a hashtag #SOSCoupInBrazil, ou pode ser #StopCoupInBrazil, não necessariamente nesta ordem, ambas preenchem a vontade de expandir em ‘língua universal’. Não por acaso, coincide com a do timoneiro do alardeado golpe, cujo termo… em ‘língua universal’ é ‘impeachment’.
Tanto faz se fosse um ato de racismo nos gramados. Um acidente decorrente de forças da Natureza. Um atentado em determinado país ‘aliado’ do Leste Europeu – desde que replique numa grande mídia, nacional e/ou internacional, que comova mentes seletivas pseudo-universais.
Ao aproveitar a essência da palavra ‘golpe’, a qual em escala de linha de montagem havia ficado fora de moda desde a segunda metade dos anos 60 a meados dos 70, vê-se que a justificativa predileta dos obedientes pós-modernos do Tratado de Tordesilhas – “Brasil e a fatia vizinha de língua espanhola são isolados pelos idiomas”, vendem-nos – continua neste desconhecimento apressado do maior país territorial da região. Basta recorrer ao período seguinte às eleições presidenciais de 2013, o vergonhoso #SOSVenezuela que a oposição gusanera, como a brasileira, toca a sineta em idioma da Metrópole da vez – e o repete sempre que necessário. E não é pelo ‘SOS’, e sim por ele e pelo arremate em apelos de Justiça a quem obstaculiza a solução entre nós.
É certo (errado) que a ONU tenha sede em New York, daí um pedaço que justificaria o Inglês, só que é curiosa a questão de não ter outro 1964, Plano Condor, etc., e pedir auxílio ao maior acusado, ou o chefe da gangue. Não adianta nada também porque o encontro trataria de meio ambiente em nível global, portanto, nada de segundo turno internacional do ‘Tribunal Pela Família, Por Deus, Contra a Ameaça Comunista No Meu País’. Ainda que fosse, o SOS dificilmente seria em Cingalês, Provençal, Esperanto ou Urdu…
Estes pedidos têm no Sueco a língua indicada, pelo diagnóstico de Síndrome de Estocolmo.