Preconceito coercitivo

| Imagem: Reprodução/www |

⇅

A condução do ex-presidente Lula para depor nas dependências da Polícia Federal, em março/2016, dá prosseguimento à cartilha estranha que impregna os rumos recentes dos governos progressistas na América Latina.

Corrupção. Eleição vencida a ser tomada no tapetão. Ritos judiciais que atropelam a Constituição Federal. O bom senso geral, ou seja, da maioria-povo, de olhos vendados e fadado a ser claque de novo no jogo da história.

Com perfil virtual a esmo e crente que seja maior que o lastro real, há uma torcida abobalhada, porém macabra, de ignorância que corta a Argentina, a Bolívia, o Equador, a Venezuela, o Brasil…

Os jardineiros das flores para túmulos, que plantaram em países pontuais na ‘Primavera Árabe’, querem cuidar do nosso jardim – antes, quintal, pátio traseiro, uma questão de nomenclatura -, com o mesmo mecanismo “revolucionário” da liberdade de expressão nas “redes sociais”. Destas para as rotativas, as telas, o dial, em todos estes veículos num jogo de snooker de mesa pênsil, descaradamente.

Ele, o bom senso, renova a tara de baixar as calças para quem acha ser superior, humilha o de origem semelhante e condena-se a frango de granja, em tom mais espontâneo que os anteriores, pois os canais de informação por enquanto não estão cerceados, seguem à mão.

Fardas camufladas, armamento pesado, várias viaturas, e mais que isso, antenas prévias ejaculando ódio na porta do “meliante”, conforme o agendado. O processo atropelado serve para estes únicos casos de corruptos na História do Brasil, prática nociva que só existe de 2002 para cá.

Toda a cegueira esquece que O Alvo passou por experiências bem mais intensas, como deixar o porão da Ditadura por uma hora para ir ao velório da mãe. Agora, é fruto do preconceito e da inveja das origens e êxito nos anos do Alvorada, um recado que ultrapassa o “corrupto enriquecido”, é um alerta aos trabalhadores normais. De Fies. Sem concursos. De enxadas. Sem meritocratas. De estudantes. Sem terras. Os direitos são relativos.

Quando a febre do perfil passar…

⇅