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᎒ “Operações de Garantia da Lei e da Ordem”.
(por Júlia Murat e Miguel Antunes Ramos, 2017)
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“Cada vez que a Polícia tenta, depois de uma grande manifestação, ‘isolar os violentos’, ela retira dos cidadãos seu poder de agir politicamente. Para esmagar uma insurreição, nada mais eficaz do que provocar uma cisão entre inocente, ou vagamente concordante, e a sua vanguarda militarizada, necessariamente minoritária. (…)
Depois de isolar ‘os violentos’ e banalizar diversas medidas de exceção, basta esperar que as manifestações se dissipem. Por isso, quando a repressão mais cega se abate sobre nós, temos que evitar enxergá-la como prova da nossa radicalidade. Em vez de partir da hipótese de que eles nos destruir, devemos pensar que eles tentam nos produzir. Nos produzir enquanto sujeitos políticos, enquanto ‘anarquistas’, enquanto ‘black blocs’, nos extraindo, assim, da população, e nos imprimindo uma identidade política. Essa estratégia serve, sobretudo, para produzir a ‘população’ como um amontoado apático e apolítico.”
(Comitê Invisível)
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