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᎒ “Meeiros”.
(por Pedro Stropasolas e Vitor Shimomura/Brasil de Fato, 2018/2024)
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“Na região sul da Bahia, a crise da cacauicultura não modificou o domínio de multinacionais sobre a cadeia produtiva. O documentário Meeiros mostra as precárias condições de vida das famílias rurais que produzem o cacau para a comercialização como commodity agrícola.
A palavra que marca a zona cacaueira baiana é ‘abandono’. Na zona rural de Ilhéus e Uruçuca, os trabalhadores do cacau permanecem esquecidos, agora escondidos sob um teto remendado das antigas fazendas dos coronéis.”
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“Barry Callebaut, Cargill e Olam Brasil processam, em Ilhéus [BA], mais de 90% do cacau produzido no País. Em 1980, 13% do valor de uma barra de chocolate ficava com o trabalhador rural. Atualmente, o percentual é de 5%. Nestlé e Mondelēz são responsáveis por dois terços do chocolate consumido pelos brasileiros. Em 2021, as cinco multinacionais foram processadas por escravidão de crianças na cadeia produtiva do cacau e do chocolate. Ao menos 148 pessoas foram resgatadas do trabalho escravo em fazendas nos últimos 15 anos, sobretudo meeiros.”
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