zap-zap, kkkkk, uga-uga

rolê em cemitério paulistano. avatar como uns tantos previsíveis na tirania consentida algorítmica. só (e) os agravantes: selfie, a destacar a pintura do raio do mr. bowie no lado direito da face e cara (in)existencial, tudo no mesmo plano suficiente para saber marca/modelo/valor do aparelho. a convenção da superficialidade boiante. duas fotografias publicadas e uma legenda neste mar de… legendas que resume a era da informação. uma, dedos indicador e polegar em coração pós-moderno coreano. coreia do sul! na do norte nem a roda chegou, talvez o fogo. era para o túmulo de uma artista do modernismo. de mulher pra mulher! a segunda, se já foi dito sobre legendas, outro sucesso da monocultura 2.0 do tédio e do não-sei-não-li-não-quero-saber-mas-me disseram-e-é-verdade, uma mão (branca, na sequência fará importância) com o dedo do meio em riste, “dando o dedo” para, claro, o pai da narizinho, emília, tia nastác… opa, aí, não. é racismo. as aulas de rodapé do século xxi estão por todes lados, aquele $ociali$mo lilá$ en$olarado e o vermelho-e$tocolmo, ambos canceladores & made in usa, vão dilapidando tudo pela frente com… lugar comum. horas, a vida em “redes”, serviços de mensagens instantâneas e outros points de cátedras entre maioria de farsantes. eram mais de 100.000 “likes” e de 1.000 opiniões que, somados, não valiam um verborrágico e profundo uga-uga dos cabeludos ancestrais. se nada foi surpreendente, a linguagem e o mínimo bom senso comunicacional há muito deixou a pedra lascada, as pinturas rupestres, a fumaça e está prestes ao terminal resmungo monossilábico entre milhões/bilhões incompreensíveis e sabe-tudo. protegei-nos destes seres evoluídes, ó, supremacistas.

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