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᎒ “Redes Sociais”.
(por Juremir Machado da Silva, 2021)
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“(…) A base do fascismo das redes sociais é a tirania do seguidor. O seguido é apropriado por uma rede de seguidores que impõe a sua Lei. Para receber a proteção e o aplauso dos seguidores, o seguido precisa prometer Lealdade ao grupo que o segue. E quando for capaz de dizer aquilo que os seguidores querem ouvir, o seguido será aplaudido, defendido, endeusado. No momento em que divergir, será chacinado. Será executado, impiedosamente. Há graus, dependendo do pecado cometido haverá uma segunda chance ou não. Quem comanda é o seguidor. Nesse sentido, as redes sociais produzem silêncio ou tendem a funcionar com uma velha teoria da Comunicação: a Espiral do Silêncio. O seguido, para manter o apoio dos seguidores, tenderá a silenciar sobre tudo aquilo que possa causar problema, evitando a divergência e silenciando pontos de vista para não ser abandonado. O seguidor é um hater em potencial. À espreita. Ao menor sinal de divergência, ele se apresenta. É uma situação em que o seguido imagina ter muito poder, mas está na completa dependência do seguidor, (…)”
(JMS)
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