Há produção crescente, no meio esportivo, que toma a história como importante.
Temas, quase sempre as glórias, que tentam compensar o tempo perdido em anos de mais cartolagem, menos respeito ao trabalhador de chuteiras.
Não mudou muito, mas o suficiente para que atletas “do passado” tivessem diminuído o ostracismo e protagonizado publicidades, comendas, trabalham na base, para dizer alguns. Para dizer alguns sobre alguns. A maioria vive os reflexos de mão-de-obra na engrenagem do mundo dos negócios. No escanteio.
Aliás, o que antes trazia o ar de repetição de uns poucos por memória agora é frase de efeito. Difícil uma entrevista, na qual alguém ligado ao futebol, de dirigente a jogador, deixe de mandar um “Eu quero fazer história no clube, deixar meu nome na história!” Nem que isso signifique pegar o primeiro bonde para as Oropa.
Que conta também com arquibancada intelectualizada, que pega dois ou três times lado b do Sudeste; aquela esquecida blasé no time de infância (da capital, of course); percebe a existência da agremiação da cidade; e, ufa, expande asas que faculdades e perfis pessoais virtuais já não comportavam. E dão uns pegas no outrora ópio do povo.
Os cartolas dão as caras, óbvio, uma das facetas é lançar publicidade com os guerreiros de agora, que na próxima temporada metade deles vira “custo-benefício”, “não agradou à torcida”, adotar a “política do bom e barato”, perdeu o pênalti para o rival e rua…
E esse do Santos Futebol Clube, memória pura em dois sentidos. Por ser memória ‘em si’, e pela trama que abole o “cariocas torcendo para paulistas” impeditivo. A rapaziada do mini-documentário do Peixe, os entrevistados, fala o quanto é simples.
Gosta-se do que quiser. Inclusive quando da influência entre países, entre regiões do país, através da via econômica, midiática… Patrulhou, tem que rezar.
Publicado em 13.11.2013