Todos os argumentos como priorizar saúde, transporte, a infra-estrutura da municipalidade, procedem e é só guardá-los na ponta da língua que, no mínimo, terá moral na algazarra de maior número nas redes sociais.
No caso dos estádios, vêm do dinheiro público (bem mais) e privado (bem menos) e o poder de cobrá-los a função social é o mínimo a ser feito. Só que temas como “vai virar elefante branco” e “mostrar ao turista o que a nossa cidade tem” são insuficientes.
Se no futebol do Amazonas, um reforço na estrutura atualmente pequena, preparada para trazer times de fora como atrações locais, o difícil é ter o dinheiro para construir ou destiná-lo de modo a priorizar em relação aos ‘pontos essenciais’ da sociedade (transporte, educação, segurança…), porém, simultâneo a eles, diriam os Titãs, “Diversão é solução, sim / Diversão é solução pra mim”.
Ao desatualizar a polêmica, verá que há trabalho social ou repartições públicas em várias circunferências esportivas. Natação, bocha, judô, auditórios, quadras, escolas de vários tipos, como uma mini-cidade. O caô das administradoras/consórcios das arenas resume-se a “embaixo das arquibancadas teremos a loja do clube e um shopping”, é simplório, nada social. Querem, inclusive, tirar o que tem de complexos esportivos ao redor dos estádios com a cínica justificativa para fazer estacionamentos.
Os habitantes destas cidades não precisam comer a corda da mídia distorcida, quase todas do eixo Sul-Sudeste e suas subsidiárias locais espalhadas pelo país, que teimam em ressuscitar o vira-lata. O Pré-Sal sai de um Estado e é cobiçado pelos demais, contudo a possibilidade de desenvolver, de inserir o Nacional (e os demais clubes amazonenses) em maior âmbito futebolístico e o uso externo da arena para as citadas missões sociais, não.
Publicado em 29.01.2014