O alerta que caminha

Reprodução/www

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Com a ascensão a Miraflores, a 2 de Fevereiro de 1999, o governo bolivariano tem no caminho as forças reativas da IV República, as quais se confundem com interesses particulares e política internacional de olho na retomada das riquezas e ‘permitem’ curtos prazos históricos de destinação à soberania do país.

A terra arrasada do Caracazo, no entanto, tem em 1989 o quase esgotamento do modelo que por 500 anos assola o continente, quase sem momentos de rupturas coloniais. A jogatina entre famílias, grupos locais e similares estrangeiros, travestidos por nomenclaturas de presidentes e países, continua a roer os planos de dividir com os verdadeiros usufrutuários da independência, o povo.

Em dados cronológicos, é como Vladimir Padrino López, General en Jefe, Ministro de la Defensa y Comandante Estratégico Operacional de la FANB, no diálogo com o jornalista José Vicente Rangel no programa ‘José Vicente Hoy’, do canal ‘Televen’, questiona e trata o golpe de 11 de Abril de 2002 tal um divisor de águas da estrutura militar no governo incipiente, herdeiro de vícios seculares e com a missão de atualizar o olhar dos Libertadores para o final do século XX e prepará-lo para o XXI.

Numa região cujas forças armadas praticamente não defende(ra)m… a região, causa estranhamento ao desavisado e a quem sente e vê possibilidade na coesão cívico-militar, por mais pantanoso que aparente para a parte civil da ligação. Sabe-se que houve breves tempos desta união, porém os interesses de cúpulas, que ignoram território e povo, dão um jeito particular sob atribuições de ameaças da moda, externas, fazendo com que passemos nova invernada como ventríloquos. Afastados entre si, abraçados no adeus momentâneo à autonomia.

14 anos após os 3, 4 dias de ebulição daquele abril de reconquista popular, mais a iminência das sombras na América Latina, a conversa entre López e Rangel lida com fantasmas e cores, ingerências e alternativas, que ao final, desconfiados e desafiadores, cultivemos nossas ideias pacíficas e integracionistas como proteção, forma de vida. A História é pródiga em exemplos de traições quando da busca pela liberdade de escolha – o que dizer num quadro regional homogêneo de exploração -, por outro lado, sempre há sonhos nestes ventos.

 

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