Print de imagem trazida por álbum fotográfico do UOL, a notícia trata do uso de crianças para burlar, na entrada dos estádios, a segurança e conseguir o acesso de fogos de artifício nas arquibancadas.
Apesar da fotografia ser de torcida de clube alemão, “Torcidas inglesas usam crianças para entrar com sinalizadores em estádios”, publicada em 3 de dezembro, traz a suspeita e análise dos fatos e campanha reeducativa por parte da federação inglesa de futebol.
Era a enésima informação acerca de violências nos estádios ao longo dos anos, inclusive com uso de sinalizadores, no entanto, na Libertadores 2013, quando houve o crime contra o jovem boliviano em jogo do Corinthians na Bolívia, a auto-estima cultivada de 1492 para cá mostrou-se fraca. Mostra-se.
Os microfones jornalísticos tidos como “canhões” disparavam contra a Conmebol e seu presidente Nicolás Leoz, a Bolívia como um todo, a Libertadores, enfim, o que tivesse pela frente e pertencesse ao contexto regional do campeonato ao qual pertencia aquela partida. “Só na América Latina mesmo!” “Isso é coisa de marginal corintiano!” “Quero ver acontecer isso na Champions!”
O repertório é o de sempre, um “meu mundo caiu” latino-americano, cuja cura, no mínimo, começaria se fôssemos colonizados pela Holanda.
Só na fotografia acima, não se vê nem sombra da pose guerreira nos estádios daqui. Evidente que os dispostos à treta lá são como os de cá, Violência Futebol Clube, mas a plástica da hinchada está mais para as SS, fascistas, marines, etc., que qualquer lugar do mundo. Da Turquia aos demais países europeus, quase sempre são imagens de brucutus movidos não só a futebol, mas pregadores de extrema direita. A gangue corintiana, por exemplo, cometeu o crime às escondidas, quando são esses da Europa, é às claras e com armamento à la fundições medievais que eles conhecem tão bem. E nós, do outro lado, infelizmente.
Publicado em 07.12.2013