[ Gereba Barreto & Tuzé Abreu ]

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“(…) Assim segue o mundo, girando a mil por hora e fazendo as nossas cabeças também, nesse início de século, cada vez mais globalizado conectado e povoado por uma infinidade de tecnologias que muitas vezes negligencia-se do mundo real que se desenrola e segue bem ali ao lado, em detrimento de uma conexão muitas com o nada!

… E assim segue o mundo, a cada cliente conquistado pelas empresas de telefonia numa intensa rede virtual, assim como usuários que povoando um jardim que não tem fim, fotografam, filmam e postam suas vidas, que jogadas na tela do smartfone tem a impossível missão de preencher o vazio acadêmico e filosófico do ser humano, que encontram nessas nessas poderosas máquinas formas de vidas paralelas que por momentos parecem saciar um desejo ilimitado de se ver e ser visto.

Vivemos num estado pleno de democracia e sem fronteiras das operadoras, com o todo o tipo de aparato tecnológico à mão, com equipamentos que afinam instrumentos, decifram quem canta essa ou aquela canção, edita e corta infinitamente o trecho errado da canção, mas parece que nos falta o essencial, escapa-nos agora mesmo a capacidade que tínhamos de produzir coisas grandes sem que tivéssemos tanto ao nosso dispor. (…)”

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