| Linas Korta |
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quem não conhecer pelo nome cultural ou tiver dificuldade com o idioma, sem problemas, terá visto algo parecido no país de origem. a tradução especista antes do estômago, alimentar-se ao menos de subjugação. a esta altura, não são as descendências mais próximas dos pioneiros, para que o divertimento fosse uma vazão a dias duros, como sempre fora a justificativa. passa o tempo e os descendentes que restam nestas terras, impreterivelmente, dispõem de poderosas antenas para respectivos ocasos, numa (i)lógica cadeia de domínio entre vivos. tanto faz, humano contra bovino, homem x homem. a tradição estará aí, com seus radares opressivos, dia e noite. uma hora era para cansar e fazer algum uso sensitivo do que captam através das ondas pretensamente (re)educativas, pois por mais que seja possível sintonizar uma que reproduza estes hábitos, a maioria das marcas midiáticas trará os modos da promissora cidade grande, na qual se não puxam outra espécie pelo rabo, acotovelam-se para jogar pipoca aos macacos – ainda que seja uma desonra comparar-se ou crer que façam parte de uma mesma ordem com eles – ou na finesse culmine no prato, ou no sistema erga omnes de charrería, vaquejada, o nome fantasia que for para a realidade de identificar o ponto fraco, lançar os filamentos do domínio e puxar pelo rabo ou laçar o próximo (principalmente o mais próximo!) sob o conformado nome de lei da sobrevivência, sucesso e fracasso, perder e vencer. tudo o círculo vicioso que vende e normaliza a arte e a cultura da suciata.
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. Vídeo:
“Charrerias – Trailer”
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