A descrição do vídeo da “Realidad Expuesta” anota que Monterrey, no México, é “o reino do automóvel”, só que a família Tienda Galán mostra uma das exceções na regra.
O tempo, estranho. Bicicleta, animais de estimação, música, calçados populares, o tempo de hedonismo, inveja e solidão convicta tem transformado tudo em bandeira disso, moda daquilo… Tudo entre “qualidade de vida” e “ciclistas baderneiros”, maniqueísmo típico do anêmico século XXI.
A Caloi, que cunhou o slogan “Não esqueça a minha Caloi”, nos anos 80, hoje seria uma empresa “revolucionária” só por citar o veículo e… lucrar com isso. E a criançada, que era induzida a deixar bilhetinhos com o citado slogan em algum canto da casa para os pais, seria composta de verdadeiros Che Guevara mirins, faltando apenas um dread lock, roupas hippie chic, vale também estilo paga-pau de londrino ou parisiense (!?!?!?), capacetes da hora e dar um rolê no centrão da metrópole.
Tudo é bandeira, quando merecia ser inerente, como quase sempre foram os itens do segundo parágrafo. Até pirados para atropelar uma leva de ciclistas, intencionalmente e em prol do fluxo do trânsito, existem!
Neste emaranhado, o recorte da família hermana é, por que não, saudoso, sem estereótipos pós-modernos. Sagazes, além do mais, cumprimentam pessoas no trajeto… Capacetes, bicicleta, a educação das crianças, tudo espontâneo, necessidade básica e não um corpo a corpo para povoar pessoas e objetos com bandeiras ocasionais, provavelmente arquitetadas para posar. Lucrar. Escapismo por dementes egoístas.
Longa vida ao quarteto. Ou forçados a isso por… força maior. O resto é resto. Ou como diz o Nelson Ned, “Mas tudo passa, tudo paaaaaaaaaaaaaaassssssaaa”!
Publicado em 24.04.2013
#CICLISMO