Ninguém vive por mim


[ Sérgio Sampaio ]

Fui tratado como um louco, enganado feito um bobo
Devorado pelos lobos, derrotado, sim
Fui posto de lado e fui um marginal, enfim
O pior dos temporais aduba o jardim

Como um rato de bueiro, como um gato de calçada
Velho mendigo da rua, cão de botequim
Disse adeus e fui embora, nada é mais ruim
O pior dos temporais aduba o jardim

E eu, boêmio cantor da Lua
Doido que não se situa
Fui procurar viver além de mim

E eu, simples cantor solitário
Entre malandros e otários
Vivo o que sou, ninguém vive por mim

Tudo tem seu preço exato, ninguém vai pagar barato
Tudo tem seu peso certo, tudo tem seu fim
Escapei da armadilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim

Fui pro mato sem cachorro, numa de ou mato, ou morro
Enfrentei um osso duro, duro de roer
Escapei dessa quadrilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim

E eu, boêmio cantor da Lua
Doido que não se situa
Fui procurar viver além de mim

E eu, simples cantor solitário
Entre malandros e otários
Vivo o que sou, ninguém vive por mim

Tudo tem seu preço exato, ninguém vai pagar barato
Tudo tem seu peso certo, tudo tem seu fim
Escapei dessa armadilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim

Fui pro mato sem cachorro, numa de ou mato, ou morro
Enfrentei um osso duro, duro de roer
Escapei dessa quadrilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim

E eu, boêmio cantor da Lua
Doido que não se situa
Fui procurar viver além de mim

E eu, simples cantor solitário
Entre malandros e otários
Vivo o que sou, ninguém vive por mim

E eu, boêmio cantor da Lua

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