Mais enxofre, mais narinas

29-09-2015b

Os discursos vão ficando, em pleno e crescente gerúndio, transparentes e agudos.

A verdade, sem que careça do “v” maiúsculo, faz diante da opressão a liberdade de expressão reta. Nada de ofensas com “palavras de baixo calão”, como se isso fosse maior que o uso de bombas ou a silenciosa dissimulação.

Seja o das ruas, seja os oficiais dos países que começam há menos de uma década para um maior número, ou os bodes expiatórios prediletos na deturpação pelos que mantêm o círculo vicioso exploratório, especialmente os liberados entre os anos 50, 60 do século passado, todos falam por linhas certas sobre as práticas tortas.

Na ONU, em assembleia geral a setembro/2015, aumenta a clareza dos interlocutores que convivem secularmente com a sujeira imposta. Cabe o boicote por parte dos usurpadores, também cristalinos quando se ausentam do plenário, ou colocam laranjas que anotam qualquer garatuja num papel – sempre de cabeças baixas -, e passada a saraivada de dezenas de representantes de países… pouco muda. Muita indiferença e incremento da miséria a quem viva num mapa político de riquezas naturais, cujos exércitos e governos – quase sempre distantes do povo – se oponham ou não resistam à cobiça da Lei da $obrevivência.

O silêncio dos culpados surpreende a cada rodada nas Nações Unidas nova-iorquina, nas ocupações pelo mundo, nas contestações de qualquer método. Restam cabeças baixas, canetas desconcertadas, colocando laranjas, quando não boicotam com a ausência. O torniquete segue a apertar mais e mais, e são oceânicos, asiáticos, africanos, europeus orientais, etc., até o Papa surge no salão escuro do prédio que comporta países desunidos, no qual o anfitrião, na sua hora de arranjar o que falar, assume, silencia, vai para ali, volta para cá, sem que a respiração ganhe a ofegância liberatória da dor compartida, das resoluções refletidas.

Houve um mestiço dos llanos que, há anos, diante de muitos e no dito mármore embolorado, entregou que lá fede a enxofre. Continua, de mal a pior. Os mestiços e sujos vêm em número crescente, o torniquete… A verdade, aquela do “v” minúsculo, blinda, não gera nem bate-boca com os verdugos. A maioria com a lâmina de dois gumes do sentimento, e aqueles alguns explodem mais bombas.

Na disputa pela sobrevivência, naquilo que parece (in)conformar entre fortes e fracos, o decime que se siente não há mercado que compre. ¡Puro pa’dela!

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