O silêncio dos falsos

20-09-2015a
| Imagem: Reprodução/www |

Uma rádio de espectro nacional, de marca não católica, a transmitir o discurso do Papa Francisco I, ao vivo, desde… Cuba!

Recentemente, Paraguai, Bolívia, Equador, vizinhos que não tiveram o privilégio de link instantâneo nas ondas radiofônicas da liberdade de expre$$ão brasucas. O que não quer dizer que imagem de crucifixo boliviano não tenha sido celeuma da farofa com boca aberta virtual.

Pausa no esporte bretão para o áudio direto da Ilha. Como só sabem falar “Ditadura dos Irmãos Castro” e esquecem do intervencionismo do bloqueio, parecia uma rádio do Vaticano. Fica o silêncio como “respeito à palavra do Santo Padre”, mudez de ignorância que aguardava uma excomunhão papal perante a Revolução. Algo entre “O silêncio dos inocentes” transformado em “O silêncio dos patrocinados”, a pre$$a jornalí$tica que desconhece o “discurso progressista” do representante da Igreja Católica; aguardaram sentados, e no hábito dos panfletários golpistas, engoliram “O silêncio dos fofoqueiros”. A pausa má para o disse-me-disse dos falsos.

Um constrangimento, afinal, ao vivo tem-se que comentar algo.

E ¡Viva Cuba Libre! e os que se impõem pela palavra.

Não havia o que extrair do discurso religioso e meteram as indulgências, carinhosamente chamadas de souvenires. Diziam, não será como no Brasil ou na próxima parada da viagem pelo continente americano, Estados Unidos. Felizes por enumerar os tipos de produtos, “Até cortina para banheiro! O que não vai ser diferente em Cuba, mas com produtos ‘mais artesanais’, sem indústria por trás”. Fica, novamente, a afirmação pela palavra.

Na ânsia de menosprezar além do sonhado paredón a Cuba a partir das palavras de Jorge Bergoglio, que não rolou, perdem-se na Indústria da Fé, papo de cumuníshta para eles, devidamente adaptado à lógica do “Eles só têm educação, saúde”, no consolo dos invejosos.

Tomaram gol por debaixo das pernas. Salvos pelo barulho do futebol…

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