| Resistencia Films |
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A mania de perseguir está à solta, com motivos mais ridículos que a exceção declarada.
Outro deles, marcante, o do Estado espanhol diante de 13 rappers do país, por enquanto, sob o quesito de censura camuflada de devido processo legal. Dois anos e um dia (!) de cárcere, quatro mil euros de multa, nove anos de inabilitação, sem esquecer do tratamento de tortura psicológica promovido pelas idas e vindas nas ‘decisões’ judiciais (prisões, agressões físicas…). ‘Letras de conteúdo violento’ contra o presidente com cara de governo e contra a família real que é o governo. No fundo, a presença franquista que nunca cessou.
A pendenga jurídica é bem anterior aos poucos meses atrás em que o Reino de Espanha arvorou-se, ex-metrópole, de tradutor midiático internacional do caos arremessado contra a Venezuela. Tradutor pela ineficiência bélica em relação a 1492 e como na Líbia, Iraque, Afeganistão, Iêmen e onde quer que os impérios em evidência estejam, lá está o reino em franco descenso vendendo uns artefatos de guerra aqui; com canudinho para sugar as sobras de barris de qualquer riqueza mineral dos conflitos alheios ali.
Os rapazes do flow ibérico, de linha politizada – segue a ressalva pela apropriação comercial do gênero, esta tranquila, colocando os nem aí para dançar -, têm que lidar com estes moralistas de calças borradas, numa tendência repressiva que se espalha nos mercados em disputas por hegemonias.
A ditadura são os outros… Músicas violentas também.
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