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Ao repassar a campanha do FNDC, a Intervozes informa sobre os seis meses de silêncio da Rádio Nacional da Amazônia, uma das emissoras da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, e o transcorrer da suspensão da comunicação pública no país desde a conspiração contra as garantias constitucionais para o Estado e a população.
Não é parâmetro para qualidade de conteúdo, mas interferir numa rede criada para aproximar Administração e Cidadão, ou seja, serviço indispensável para a mínima harmonia funcional, demonstra o grau de vileza do assalto às regras do jogo. Não se mede por picos de audiência da farândula nos canais privados – de espectro eletromagnético pertencente ao povo! -, e sim pela função social.
Rádio, televisão, internet, todos interligados através não da inexistente imparcialidade, mas de informar o prazo do título de eleitor, a nova legislação, o som do músico com pouco espaço nestas linguagens de mídia, a companhia de volta para casa, no trabalho da madrugada; tudo sequestrado.
Um tiro do Estado no próprio pé, e por conseguinte, d@s brasileir@s. O afã de capatazia que não larga a relação de poder na terra da Ordem e Progresso, mandar no que pode nem ter interesse de utilizar ou o porquê de tolher. Troca o departamento pessoal. Deixa de produzir para comprar – mais caro, daí que ‘gastos’ não justificam – das empresas privadas de comunicação. Desvirtua o propósito original. Ou sucateia para fechar.
Regionalizemos a Ditadura, não é à toa que seja, no caso da campanha, um veículo para a Amazônia. Norte e Nordeste a perder o conquistado e voltar à escassez, exportar mão-de-obra barata para os ‘centros’ financeiros do país, termo genérico se História do Brasil e contexto geopolítico simplificam como elite monopolizadora dos locais e submissa aos impérios da vez, para a qual 517 anos são 517 segundos de exploração. Ou tal a publicação da Intervozes, “O desmonte e o abandono tb são censura. Populações ribeirinhas e indígenas de 9 estados sem ouvir a Rádio Nacional desde março”.
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