No caminho daquele “L”, onde todos são tudo na imensidão da egolatria deprimida, uns púnkis compunham o cenário do sistema. Mas, alto lá, por mais que batam ponto sentados às calçadas do trajeto-passarela de esquizoides, os anti-heróis precisam lutar contra a sociedade:
– Aê, tem cinco centavos pra tomar uma bira?
Um Sartre de jaqueta preta, patches e coturnos toma um escarro de colar páginas n’O Ser e o Nada.
. . .
Numa movimentada reta, com expressão de quem já não dispunha de espaço para álcoois, outro dos púnkis melhor em tudo senta à beira da porta entre transeuntes – estes, no corre-corre dos dias, só quem está “montado” é o nobre, ops, o rotten protótipo de Bob Cuspe.
– Aê, tem cinco, dez centavos pra tomar uma bira?
O revoltado apolíneo, após uma quinzena, fita, arma o soco inglê$ verbal para pedir, como de praxe e em meio à sociedade no furor do vaivém, duas mãos de centavos contra o bolso alheio. O transeunte escolhido na multidão é enquadrado, A tempo, Apolo, o Púnki, o reconhecera da negativa anterior e, barbaramente, desfere ignorada no maxilar: não pediu os dez centavos. Birra com o burguesinho, conspira. Revolta contra a estrutura é assim. Um punhado de centavos e… blergh!
Cada lugar com o devido Alex DeLarge. Yeah!
#PunksAlmostDead