Cuspir, sob álcool, no sistema

14-07-2015a

Reprodução/www

No caminho daquele “L”, onde todos são tudo na imensidão da egolatria deprimida, uns púnkis compunham o cenário do sistema. Mas, alto lá, por mais que batam ponto sentados às calçadas do trajeto-passarela de esquizoides, os anti-heróis precisam lutar contra a sociedade:

– Aê, tem cinco centavos pra tomar uma bira?

Um Sartre de jaqueta preta, patches e coturnos toma um escarro de colar páginas n’O Ser e o Nada.

. . .

Numa movimentada reta, com expressão de quem já não dispunha de espaço para álcoois, outro dos púnkis melhor em tudo senta à beira da porta entre transeuntes – estes, no corre-corre dos dias, só quem está “montado” é o nobre, ops, o rotten protótipo de Bob Cuspe.

– Aê, tem cinco, dez centavos pra tomar uma bira?

O revoltado apolíneo, após uma quinzena, fita, arma o soco inglê$ verbal para pedir, como de praxe e em meio à sociedade no furor do vaivém, duas mãos de centavos contra o bolso alheio. O transeunte escolhido na multidão é enquadrado, A tempo, Apolo, o Púnki, o reconhecera da negativa anterior e, barbaramente, desfere ignorada no maxilar: não pediu os dez centavos. Birra com o burguesinho, conspira. Revolta contra a estrutura é assim. Um punhado de centavos e… blergh!

Cada lugar com o devido Alex DeLarge. Yeah!

#PunksAlmostDead

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