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Não é difícil encontrar notícias e reflexões sobre a Ditadura Franquista fora da mídia corporativa circunscrita ao mapa da Espanha. Inclusive às partes anexadas que não são Espanha, supressão fruto do período.
Procurar chega a ser desnecessário. Há mudança de nomes de ruas; fossas coletivas tão clandestinas quanto os corpos desovados; simbologias como cruzes e estátuas; a retirada dos restos de Francisco Franco da Abadia do Valle de los Caídos; luta por indenizações; adeptos fossilizados e recém-chegados; todo o legado ditatorial, similar ao que é vivido em tantos lugares da Terra.
O tema anti-republicano no país europeu faz recordar de um personagem de periodismo esportivo no Século XXI.
Durante um dos monólogos travestidos de sociabilidade nas redes virtuais, da sabedoria de previsão ao erro do resultado – admitido até a próxima vírgula da oração -, era jogo de clube daquela região e ousaram lançar um tema além-chutômetro.
Para baixar a bola da torcida xenófoba, @ intern@ut@ atribuiu parte à injustiça na reparação dos crimes entre 1938 a 1973. O senhor, que das Eleições 2014 ao Golpe respinga como uma das autoridades da ‘esquerda em multinacional’, bradou em caracteres: “Lá há muitos anos isso é assunto encerrado!”, no que aproveitou para lançar novas pipocas à claque como num drible humilhante à la “Precisa se informar mais!”.
No lugar de jogar uma banana para o craque simiesco julgado por puritanos de arquibancada, arremessou uma espécie de Enciclopédia Barsa 2.0 do alto da sapiência de chutômetro.
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O auxiliar levanta a placa. Cinco minutos de acréscimos. O jogo vai até os 50.
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