Eles lucram com o absurdo


| Le Monde Diplomatique Brasil |

  “A realidade paralela nas/das redes sociais”.

   .  Débora Salles no programa “Debates Le Monde Diplomatique Brasil”  .

   (por Silvio Caccia Bava/TV PUC São Paulo/TVT/LMDB, 2024)

.

“(…) Essas plataformas funcionam, assim, com pouquíssima regulação, não existe regulamentação que obrigue essas plataformas, por exemplo, a se responsabilizarem por conteúdos problemáticos, por desinformação; existe uma tentativa de regulação atual, mas que ainda está correndo atrás do prejuízo e basicamente o que a gente vê é uma infraestrutura que quanto mais controverso, mais polêmico, mais chocante, mais atenção você tem. mais like você ganha, mais viral você se torna. É uma lógica que vai contra a construção de conteúdo de qualidade, então você tem um ambiente sem regulação, sem moderação e que teoricamente qualquer pessoa pode falar, mas aqueles que se aproveitam dessa falta de regras podem produzir de forma industrial informação de péssima qualidade. E são recompensados por isso. Ganham dinheiro com isso hoje em dia. Não só as grandes empresas, as donas do facebook, do Instagram estão ganhando dinheiro, mas as pessoas que produzem desinformação também estão ganhando dinheiro com isso. Então não é mais uma ideia de que as pessoas comuns estão ali debatendo política, se tornou um ambiente, uma indústria da influência, um ambiente em que quanto mais choque você causa, quanto mais polêmica você cria, mais likes e mais dinheiro um influenciador ou um político é capaz de concentrar. (…)”

(DS)

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