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Prólogo
Mal sabia da existência do #Esquenta, quiçá quando seria o Dia D. Ou B.
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Dobrar à direita e só entra. Ninguém sai.
Milésimos de segundo para perceber-se no alçapão.
Outra fração de segundo e o clamor dos aflitos, que tentam chegar através de toda a Rosa dos Ventos às gôndolas e caixas; cotoveladas, pisões, leves empurrões, acima da linha de cintura. Menos no rosto, à esquiva dos rasantes de caças-caixas de telas planas – de 20″, jamais -, mísseis desgovernadamente teleguiados. Qualquer instinto de sobrevivência por olhar para trás pode ser a última vez.
3min em meia-hora. 5cm em 5cm de carona física em peregrinação capitalista, ao menos com segurança: colar de ouro, relógio de diamantes, opção sexual, atitude hipster, nível de melanina, tudo despercebido. A sexta exige um troféu, de 1m em diante, quilos e levado acima dos ombros. Nada de ferro elétrico, par de sapatos, o celular de última geração. Procuram-se diâmetros!
O pogo da profanação do cartão de crédito encontra o fim do túnel. O logradouro público esperado, cuja calmaria convém guardar o que possa chamar a atenção. Perderam o selo fonográfico, a editora e o traumatologista, na black cinza criada por brancos.
Epílogo
Segundo as redes, há a #CyberMonday; falta publicidade universal para ‘derrubar sites’…
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| Black Friday já faz parte do calendário do comércio brasileiro (TV Brasil) |
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