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“Direita civilizada” conta com apoio da esquerda ongueira no País
Esquerda ongueira faz o trabalho de desestabilizar o governo Lula, o mesmo serviço podre que fez em 2016, no golpe contra o governo de Dilma Rousseff
Em 11 de setembro se completaram 50 anos do golpe militar no Chile. Durante a Análise Política nesse sábado (16), Rui Costa Pimenta lançou uma interessante reflexão: Olhando para as forças políticas de hoje, quem deu esse golpe contra o governo Allende? Pegando o padrão brasileiro atual, quem poderíamos dizer que deu o golpe? Pois aqui temos, pode-se dizer, três grandes blocos políticos, a esquerda, a autointitulada terceira via, e os bolsonaristas. No Brasil, quem deu o golpe não foi o bolsonarismo e tampouco a esquerda, foi a terceira via.
O golpe aqui foi planejado pelo governo americano, de Barack Obama, não há como esconder. O golpe foi apoiado por partidos da terceira via, contra o PT. A lembrança de Rui foi oportuna, pois a imprensa conseguiu colocar na cabeça de diversas pessoas que golpe só pode ser dado por bolsonaristas, pela extrema-direita. Porém, sabemos que quem dá o golpe é a burguesia e, principalmente, o imperialismo, para não dizer que é exclusivamente.
Um golpe na América Latina nos dias hoje, sem o apoio do imperialismo, é praticamente impossível.
Há uma parte da esquerda que diz que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, é um pilar da democracia, mas quem deu o golpe no Chile foram os políticos que correspondem àquilo que hoje se encontra no STF. O mesmo podemos dizer do golpe militar de 64, aqui no Brasil. O golpe não foi dado pela extrema-direta, mas pela “direita civilizada”.
Os golpes na América Latina, que mataram provavelmente centenas de milhares de pessoas, foram todos dados pela “direita civilizada”. Golpes que devastaram a economia dos países e pioraram sobremaneira a vida da classe trabalhadora. A extrema-direita participou, sim, dos golpes, mas como coadjuvante.
O governo Allende não achou que haveria golpe, pois Pinochet pertencia à ala mais “civilizada” do exército que, segundo o governo, era o exército mais democrático do mundo. O que se viu, porém, foi essa direita “democrática” que prendeu, torturou e matou.
História
A reflexão é interessante, pois muita gente da esquerda fala do “centro político” brasileiro sem fazer uma contraposição com aquilo que já aconteceu no passado.
É importante abrir parênteses naquilo que Rui falou na Análise, pois houve um grande esforço de setores de esquerda, capitaneados por Guilherme Boulos, que pretendia fazer uma frente ampla com o “campo democrático” da direita, ex-golpistas que, supostamente, seriam essenciais para vencer a extrema-direita, o fascismo.
Rui lembrou sobre o outdoor que apareceu em Nova Dehli para pressionar Lula a colocar uma mulher negra no STF. Não bastasse isso, houve um vídeo divulgado em Nova York, na Times Square, onde uma garotinha negra diz sonhar em um dia pertencer ao STF.
Quem pode ter pago uma campanha caríssima como essa? Nada menos que ONGs imperialistas, dinheiro da CIA: Fundação Ford, Open Society etc.
Essa campanha, que é de “pessoas do bem”, está preparando e desestabilizando o governo, da mesma maneira que fizeram em 2016, nas campanhas mal-intencionadas contra o PT, como a campanha contra a usina de Belo Monte, mas especialmente o Não Vai Ter Copa, encabeçado por Guilherme Boulos.
O golpe de 2016 foi uma verdadeira catástrofe para o Brasil, colocou milhões de pessoas na miséria e no desemprego. Foi o golpe que abriu caminho para a eleição de Bolsonaro.
Até O Globo, jornal que participou do golpe de 64, e do de 2016, entrou na campanha pela mulher negra no STF. O que é natural, pois a juíza negra em questão, Flávia Oliveira, é entusiasta e defensora da Operação Lava Jato.
Esquerda golpista
É preciso ficar atento ao que está acontecendo no Brasil. Essa esquerda que ajudou a dar o golpe contra Dilma é a mesma que está se mexendo para desestabilizar Lula. É essa esquerda que tentou colocar a terceira via no poder.
Toda hora tem uma campanha nova, seja pela defesa das árvores, seja pela defesa das mulheres negras. O fato é que essa esquerda se tornou uma burocracia financiada pela CIA. Ninguém duvide que em nome desses cargos essa burocracia apoie um golpe militar no Brasil, vão fingir, espernear, mas, no final, vão pedir calma até que um suposto governo golpista convoque novas eleições.
O papel dessa esquerda é abrir caminho para a terceira via; por isso, atacam o governo Lula e a extrema-direita, tentando acabar com a polarização política, o principal objetivo da burguesia e do imperialismo no Brasil.
{ Diário Causa Operária }
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