Por mais que “racismo, xenofobia, narcotráfico, paramilitarismo, terrorismo, nazismo” sejam os ingredientes do neonazismo latino-americano identificados por Orlando Romero, no ‘Conspiranoiko’, o povo moreno incompatibiliza a essência importada destas teorias absurdas, tanto lá quanto cá.
Não bastam bisavós imigrantes em plena década de 40, quota quase nula de melanina, olhos azuis, etc. O padeiro, a professora, a namorada do irmão, o motorista do ônibus, quantidade respeitável de pessoas ao redor será o oposto de pensamentos sobre superioridade. Ou vira assassino em série à base do matar/morrer, ou é tédio e maldade pontuais.
As tendências minoritárias regionais separadas por Romero se unem de fato é para o movimento de refrear nossas possibilidades de liberdade colonial, seja ao ter acesso ao texto de um partido nazi caribenho e a exaltação aos exploradores espanhóis iniciais, seja num político da direita continental que coliga-se com impérios recentes pelo poder, e qualquer aliado contra-revolucionário serve. De índios a negros, de europeus que vieram acuados de lá a mestiços.
Clima, cores, territórios, raízes fixadas bem longe de eurocentrismo, apesar do racismo e xenofobia aparecerem no cotidiano, naquele afro-latino agredido na honra em pleno estádio de futebol; no índio num semáforo, na falta de terras demarcadas; no de qualquer cor vindo de região ‘repugnante’ de um mesmo país… La Raza não rima com Raça Ariana e submissões.
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