Guantánamo: ocupada.
Embargo econômico: continua.
Certo que a História é dinâmica, mas às vezes um novo ponto também poderia dar uma facilitada desde o aparecimento.
O anúncio da visita do Pacifista de 2009, para março/2016, dá a entender mais para futuros souvenires em Chicago, Washington D.C. ou New York, quem sabe em La Habana também. Como quem dispunha do boné da campanha eleitoral para o futuro primeiro mandato. Guardadas as exceções, vestidos na Terra Brasilis por brancos bacanas, mostrando que “Black Is Beautiful” too… Caricaturas desossadas, só quem cruzou com alguns destes espécimes para crer…
Após março, o “Yes, We Can” branqueado imperial ganhará um charuto e essa efígie – com um trecho de discurso proferido na Ilha -, sem dúvidas, em pouquíssimos anos, em tempos de rebeldia-facebook, deixará no vácuo as camisetas do Malcolm X, Luther King, e circularão novamente em shoppings elegantes, galerias fotográficas virtuais e malas de viagem “Miami-São Paulo”. O ídolo melanínico da Geração Like, vivíssimo, pois o preconceito racial, ainda que ele tivesse 0,00000005% da contundência social/de cor que os que foram assassinados há décadas. Há décadas os líderes alvejados como safári nas movimentadas ruas ianques, hoje continua, só que pulverizados antes que novos líderes de verdade sejam formados e obtenham alguma notoriedade.
Outra curiosidade será a da transcrição da frase de discurso nos idos dos Intelectuais de Joinhas: nas eleições venezuelanas, o candidato Nicolás Maduro poetizou uma fala com um pajarito, o que foi prontamente ridicularizado, pois se era o candidato filho do macaco (por ser negro e índio) falecido, belas palavras em lugar petroleiro não fluem, ditas por um motorista de ônibus de sobrenome ‘Moro’. É claro, nem os esquerdistas pós-modernos deixaram de ruminar mais esse lixo virtual. Ai de quem não chorar, em um mês, se Mr. Black President construir ‘reflexões’ como “Conversei com um passarinho nos jardins da Casa Branca, e ele apontou para La Habana, que chegara o momento da América estender a mão aos irmãos cubanos. Ele, o passarinho da Liberdade, trouxe-me aqui”, essa pérola fará parte dos cinzeiros, posteres, bilhões de acessos no YouTube, dvd’s, trabalhos escolares, oficinas de Hip Hop, tema de escola de samba anualmente e os movimentos afros 2000 farão dele, o passarinho e o visionário, maiores que as negras panteras. Culpas? Existirão, os de sempre, Los Barbudos Castro!
Embaixadas lá e acolá reabertas, nada de retirar o imprescindível para o processo de reaproximação. Com a Emenda Platt vigente desde 1901, (i)moralmente, difícil visualizar algo mais que manchetes, camisetas. A carapaça da resistência dignifica e ao menos esta certeza continuará.
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