Los Tres Amigos

09-02-2016a

Há duas semanas, Don Dieguito passou pela Venezuela, visitou o presidente Hugo Chávez, e provavelmente aproveitou para ”descansar” da agitação da Copa 2010.

Perto de sair, passou o turbilhão causado pelo presidente Uribe, da Colômbia, desde o último final de semana ex-presidente, ao afirmar a existência de provas materiais de envolvimento do governo venezuelano com os guerrilheiros do seu país.

Coincidentemente, a retaliação de Chávez ao vizinho sul-americano foi dada ao lado de Maradona, em ato no Palácio de Miraflores, sede do governo bolivariano. Os detalhes estão num texto abaixo, do sítio cubano “CubaDebate”.

Mas foi na despedida do Camisa 10 albiceleste que surge este post, quando ele, ao saber que Chávez iria a Cuba visitar Fidel Castro, mandou dizer a este que o amava!

Fez-me lembrar de um programa que no Brasil dava o que falar, o “La Noche del 10″, que o craque argentino comandou no Canal 13 do seu país, em 2005. Da lembrança, procura no YouTube… Dito e feito! Lá estavam 4 arquivos e toda a entrevista com o líder cubano, num bate-papo enriquecedor, descontraído e que faz valer a pena separar meia-hora para conferir a prosa.

De quebra, na pesquisa sobre a história do programa, um ótimo material publicado no Observatório da Imprensa, assinado pela Marinilda Carvalho, felizmente, ainda no ar desde o 2005 em que o “La Noche” era exibido.

Outras personalidades esportivas estiveram no estúdio com o meio-campista apresentador, e quem sabe não estarão disponíveis nas janelas da sempre crescente memória virtual?

A imagem acima é do sítio venezuelano ”Patria Grande”… (Ricardo S.)

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Maradona: “Díganle a Fidel que lo amo”

por Rosa Miriam Elizalde
[CubaDebate]

CARACAS – Diego Armando Maradona, director técnico de la selección nacional de fútbol de Argentina, le envió a través de CubaDebate un mensaje al líder de la Revolución cubana: “Díganle a Fidel que lo amo”.

El astro argentino, quien se encuentra de visita en Venezuela invitado por el Presidente Hugo Chávez, confirmó que viajará a La Habana dentro de 30 días y, por supuesto, le encantaría ver a Fidel.

El que para muchos es el mejor jugador de fútbol de la historia, ha cimentado una relación especial con el Comandante en Jefe desde la primera vez que visitó Cuba, en 1987, para recibir un galardón.

Regresó en 1994 y desde entonces ha vuelto reiteradamente a la isla, e incluso ha entrevistado a Fidel – en noviembre de 2005 – y le ha regalado camisetas suyas como la que utilizó en su debut con el rosarino Newell’s Old Boys o la albiceleste con el número diez autografiado.

Fidel ha retribuido ese cariño con la defensa de Maradona, a quien considera “muy amigo, noble y sin duda un gran atleta que ha mantenido una amistad desinteresada con Cuba”.

Maradona había comentado que vio recientemente a Fidel por la televisión, “muy lúcido, muy bien en contra de lo que quieren los americanos, que lo quieren ver muerto. Está muy vivo y eso me pone muy bien”, dijo este jueves frente a las cámaras que transmitían en vivo un encuentro del astro argentino con el Presidente Hugo Chávez en el Palacio de Miraflores.

De este diálogo habló con CubaDebate en el hotel que lo aloja en Caracas. A Maradona, que viste un pantalón deportivo y una camiseta negra, se le ve relajado y feliz. “Me he sentido muy bien en Venezuela”, reconoció, y comentó que lo sorprendió “el problema con Colombia”.

Justo cuando recibía a Maradona en Miraflores, Chávez anunció que Venezuela rompía relaciones diplomáticas con Colombia, ante la gravedad de lo ocurrido en una sesión en la OEA pedida por el Gobierno colombiano para denunciar la supuesta presencia de jefes guerrilleros en la nación bolivariana.

Sonríe cuando le comentamos que a pesar de que lo sorprendió el incidente, logró hacer una pregunta picante a Chávez, sobre la postura del presidente electo de ese país, Juan Manuel Santos. El actual mandatario, Álvaro Uribe, deja la Casa de Nariño en dos semanas.

“Presidente (Chávez), ¿Santos no es del camino de Uribe? (…) Porque yo lo quiero saber también”, preguntó Maradona, que mereció los elogios de Chávez por su habilidad “periodística”.

Chávez le respondió que, a pesar de un “historial conflictivo” con el que fuera ministro de Defensa de Uribe, él confía que Santos adopte una opción más constructiva hacia Venezuela.

El futbolista expresó que era “un orgullo” para él poder estar al lado del líder del “socialismo del siglo XXI” porque “luchó por la gente, luchó por su país y por sus ideales”.

“Estoy con él a muerte, permanentemente escuchándolo como defiende todas sus posturas. Me parece fantástico”, señaló Maradona.

“Te admiramos todos nosotros, los hijos las hijas de este pueblo desde siempre”, le respondió Chávez.

Maradona regresa a su país este sábado y el lunes se reúne con Julio Grondona, presidente de la Asociación del Fútbol Argentino, para decidir si continúa o no como director técnico de la selección albiceleste.

Rebelión }

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Cafona, mas muito fofo

por Marinilda Carvalho

A crítica brasileira tem falado pouco e mal do show de Diego Armando Maradona, 45 anos, La Noche del Diez, às segundas-feiras no Canal Trece argentino (o Sportv retransmite). Daqui brilharam no programa Pelé, o entrevistado da estréia, e Xuxa. Para o ano que vem, ele quer Roberto Carlos (o cantor, não o camisa 6 da seleção) e Hugo Chávez. Em 13 shows ao longo de seis meses, Maradona conseguiu média de 25% de audiência – com Pelé, inéditos 34%, num país sem monopólio televisivo. A série foi encerrada com Mike Tyson, e só volta em 2006.

Não deu para entender a enxurrada de críticas que se seguiu à entrevista de Fidel Castro ao craque. Este país definitivamente perdeu o humor. Foi muito engraçado ver um “maluquinho” entrevistando um “ditador sanguinário” – não é assim que ele é tratado por aqui? A parte final, por exemplo, foi hilariante: “Cinco horas já?”, perguntou o comandante. “Mas como? Não vi… e você me perguntou cada coisa!” Com uma cara espantada, tirou o relógio do pulso: “Devo estar mal, deixa ver…”, e marcou as batidas do coração: “O quê? 64 por minuto? Devo estar à beira de uma parada cardíaca!”. Maradona gargalhava, e nós, os telespectadores, também. Na troca de presentes, o comandante tirou seu jaquetão militar e deu-o a um deslumbrado Maradona. “Não acredito, coube em mim!” (os dois, em tratamento, estão magrinhos). Fidel ganhou em troca um conjunto de chimarrão.

Tudo bem, La Noche é uma mistura de Flávio Cavalcanti e Luciana Gimenez – sem baixaria, viu? É brega, é cafona, cheio de fumaça e holofote colorido, mas tem momentos imperdíveis. Há uns quadros com jogos de bola estranhíssimos, diferentões, que reúnem jogadores conhecidos e os filhos dos atletas, tudo muito divertido. Quem segura um mínimo de profissionalismo – e um máximo de mercantilismo, diga-se – é o ex-goleirão bonitão Sergio Javier Goycochea, 42 anos. Dieguito bate na cintura dele…

Exagero à parte, Goycochea perguntou no outro dia a Diego, em meio a um comercial:

– E aí, recebeu a TV de plasma, instalou?

– Recebi, instalei, obrigado, Fulano, mas agora precisa me mandar um quarto novo, porque a TV fica assim, ó, na minha cara! (Faz o gesto de uma tela em cima do nariz.)

Quando está sóbrio…

O culto à personalidade é total. Tudo gira em torno dele, o Deus (como alguns argentinos o tratam). Isso cansa um pouco, é certo. Todos querem beijá-lo, agradecer, agarrar. Quem vê os jogos do Boca Juniors conhece essa praxe. Na partida Boca 4 x 1 Internacional, pela Sul-Americana, por exemplo, a qualquer lance a câmera mostrava Maradona num camarote, e ele representava o tempo todo, pulando, gritando, abraçando pessoas próximas – os olhos sempre nas lentes. Vive disso, fazer o quê? O auge desse culto foi a longa entrevista que Maradona deu a… Maradona, no programa de duas semanas atrás. Um Maradona barbeado e arrumado, esse que não se droga há um ano e meio, fazia perguntas a um Maradona de barba crescida e amargurado pela perda de muitas coisas, inclusive do casamento. Piegas que só ele. Vai ver ninguém se atreveria a fazer as perguntas que ele próprio se fez…

Mas sejamos sinceros, que jogador brasileiro tem carisma e informação para comandar um programa de TV, hein? Quem imagina um jogador brasileiro liderando manifestações populares? Claro, vão dizer que se trata de um drogado amoral, que destruiu a carreira, deu mau exemplo aos jovens, um amante de ditadores, e isso, e aquilo.

Apesar de tudo, quando está sóbrio… não tem pra ninguém.

Observatório da Imprensa }

Publicado em 10.08.2010

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