Politizados na perfilização do eu também sou

13-12-2015a

Um ano depois e a recepção pelas vísceras de leitor expurga naturalmente o papo de ‘manifestantes’ de direita, ou a capitulação endêmica da maioria da esquerda. Para usar os termos que facilitam o discurso, direita e esquerda, já que é de facilidade que essa maioria que se interpõe entende.

Quando pipocou a primeira imagem, não rendeu mais.

São os mesmos tipos, desde classe social às alegorias utilizadas para mostrar que sabem alguma coisa da vida, mas que na verdade são perfis ambulantes. camisas da Seleção, bonecos infláveis, forcas, queimas, Batman, pedidos de tortura e morte, de ditadura, selfie com policial, deputados-perfil, bastou a turma bem nascida da Cidade Maravilhosa surgir para não esperar pelo show de horrores.

A revolução que os marqueteiros de redes sociais prometeu, principalmente com a Primavera Árabe, na verdade, um inverno rigoroso de morte e $angue, é uma piada sem graça, como a “Ala da Oposição” e cada um dos personagens absurdos.

Do lado da esquerda que capitula e tem a cara de pau de conferir o volume dessa turba pseudo-carnavalesca, ‘se poucos, ótimo’, o melhor seriam milhões desses ativistas de araque. A imagem foi enviada por alguém com a qual não compactua, e a repetição do lado esquerdo é mantida no papel de acompanhar o picadeiro triste através do complexo midiático que a alimenta com lixo ‘jornalístico’ e pior, pagar indignação ao acompanhar por tv a cabo. No calor da necessidade de expressar o vazio, esquecem que desobediência civil, boicote, etc., existem e combatem com peso os seus alvos. Mas não, pagam a assinatura dos combos capitalistas e ainda esperneiam (!?!?!?).

Existem entusiastas, em veículos alternativos ou não, outros partidos, produzindo materiais desde as locações dos manifestantes amestrados, porém o vírus pequeno burguês da informação entre a notícia telegrafada e um canal ‘só assinei a antena tal para ter acesso aos filmes’ ataca igualmente na busca, repasse e interpretação independente, ou de pessoas e veículos com maior exposição fora das antenas mais poderosas.

Papagaios humanos, só repercutem o punhado de ‘confirmados’, leitores pedintes do capital informativo, se não ‘causar’, for ao Roda Viva, nos canais a cabo, os produtores de conteúdo alternativo tomam madeiradas no anonimato… até que algum ex-jornalista dos canais abertos divulgue e vire tendência. Tudo isso é ótimo para bedelhar nas redes, não ler direito tanto na telinha virtual quanto destinar os reais – ou pdf’s, moda para alguns dizerem que têm e não leem – para chegar às obras importantes, que contribuam para um pensamento diferente da corrente noticiosa à la pirâmide de investimentos.

Dificilmente, os requeridos por um lado e pelo outro, fardados ou bolivarianos (de pasmar utilizar esse termo no Brasil) num país que nem o Tiradentes é percebido, ficam constrangidos com a ‘perfilização do eu também sou’.

Daí que não precisa um traque ou um molotov para resolver a parada, é tudo na dormência do controle remoto e na postagem que esmola ‘curtir’ e bater boca entre replicantes, ‘mostrar que sabe’. E a galerinha da Era da Informação toma peteleco como as irmãzinhas abelhas, morre pelas ondas eletromagnéticas, esquece que “a esperança não vem do mar nem das antenas de tv”.

Não é necessário o uso de bombas e coquetéis para todos estes, puxar a descarga é suficiente. Quando precisam utilizar, jogam em jovens, como os que defendem há semanas as escolas públicas do fechamento em São Paulo, sem ações televisivas da turba do Fla x Flu sem Fla nem Flu, que acompanha… pela “melhor cobertura, assine já e tenha mais de cem canais para você e a sua família, em 12 vezes no cartão”; enquanto as bombas caem por salas de aula.

Caso tome golpe de um ‘clamor das massas’ assim…

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