cupulazinha dominando os milhões


| Observar e Absorver – Eduardo Marinho |

  “A inteligência artificial sabe quem manda. No mundo e nas sociedades.”

   (por Eduardo Marinho, Dezembro/2025)

“(…) Você vê, a Câmara dos Deputados tem, se não me engano, 513 parlamentares, mais de 300 servem a grandes proprietários de terra: Bancada da Bala, Bancada do Boi, do Agro… Sabe, são 70 mil grandes proprietários no Brasil, um País de 200 milhões de pessoas. 70 mil proprietários! É proporcionalmente um punhado, mas são esses que dominam e determinam as políticas públicas para servir a todo mundo. Como eles se servem do Povo, eles querem que o Povo continue ignorante. desinformado, disperso, brigando entre si para eles continuarem dominando. E aí apresenta o governante como se o governante decidisse muita coisa, ele não decide muita coisa, ele tem um espaço de decisão muito pequeno. O governante que quer servir os debaixo, ele é detestado por esses caras, esses caras querem o Estado a serviço deles. Esse papo de ‘Estado Mínimo’ é só para o serviço do Povo, para cumprir a Constituição, porque os empréstimos imensos saem do Estado para eles. Geralmente, o Estado arca com os prejuízos e eles ficam com os lucros e dominam os governantes. E como eles têm a mídia, eles têm o poder de difamar. Toda vez que a mídia começa a falar em corrupção, corrupção, corrupção, corrupção, é o governo que não está agradando. É um governo que está servindo aos debaixo. (…)”

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“(…) Ou seja, abre mão da tua consciência e cumpre ordens, cegamente! E não dá pra mim. Esses privilégios estão muito caros. Eu tenho que abrir mão da minha consciência e eu percebi que isso funciona. Eu me lembro de várias vezes, eu com meus amigos, colegas do mesmo ano, que a gente tem Liberdade para conversar… Eu lançava umas questões, eles saíam de perto, eles não queriam pensar, saíam de perto e quando tinha mais amigos eles vinham para mim falar baixinho: ‘Olha, você não pode pensar essas coisas, você não pode falar essas coisas, Por quê? Porque todos eles estão ali querendo aqueles privilégios sociais que são raros, a maioria dos trabalhadores não tem, então para garantir aqueles privilégios eles abrem mão da consciência e vivem privilegiadamente. Eu encontrei com este colega meu, que era Coronel, eu tava na rua vendendo arte, e uma coisa que a gente percebe é que eles não sabem de onde vem a angústia que eles sentem. De vez em quando bate uma angústia, um vazio, uma falta de sentido na vida, é porque o cara está violando a consciência em nome da conveniência social. A consciência vai com ele. As posições sociais, o patrimônio, grana, poder social, tudo isso vai embora quando a gente passa pelo Portal. O Portal é a Morte – tem o Portal de Entrada, Nascimento, e o Portal de Saída, que é a Morte. O que é que a gente vai levar? (..)”

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“(…) Eu não me sinto obrigado a acreditar em nada. Pode ser que eu esteja errado, mas eu não sinto assim. Eu sinto que eu vou sair daqui, e de qualquer maneira, se não tiver nada, eu quero viver bem com a minha consciência, eu quero viver em Paz, eu não quero adoecer de angústia. Eu não quero me sentir corrompido. Eu não quero ver a falcatrua e participar dela, ou calar a minha boca. Eu não tô afim de me acumpliciar com coisa errada, com coisa que a minha consciência condena. Eu não quero ir contra a minha consciência, mas eu vi que pra chegar nos privilégios, eu fui fazer Direito também, e era a mesma coisa: ‘Engole a tua consciência se você quiser seguir a carreira até os altos postos, senão você vai ficar pelo meio do caminho. Engole a tua consciência, você tem que conviver com isso.’ A Sociedade é corrupta, eu tenho que me adaptar à corrupção, isso se eu não me corromper também. Isso não dá pra mim, isso aí é uma vida sem sentido, né? (…)”

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“(…) Então a função da vida não tá no mundo, na matéria, não tá. Tá além disso. Agora, de qualquer maneira, preciso ter satisfação de viver, ter orgulho de si mesmo, ter autoestima, se respeitar. E eu percebi que para eu ter o meu próprio respeito eu tinha que abrir mão do respeito social, porque o respeito social me cobrava essas coisas – eu tenho que me adaptar, eu tenho que ver a falcatrua e ou olhar pro outro lado, fazer vista grossa, ou me acumpliciar. Vou ser conivente ou cúmplice. e pra mim não dá, eu não vou ficar bem com a minha consciência. (…)”

(EM)

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