Ninguém os quer, eles se visitam

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Mês sim, mês não, praticamente, a dupla precisa se encontrar.

É como os tradicionais encontros entre os sociáveis. Entendidos. Gente fina. Os que não são estranhos. Amigões. Caras legais. Diplomatas.

Reuniões bem astral.

Papos furados – conversarão sobre ‘o problema das autopeças’ e barreiras miseráveis, jamais tocar nos milhões demitidos até o aperto de mão. Aguardam a saída para as mil punhaladas – salmão e champagne no brinde à retirada, cuja etiqueta pede dizer ‘suspensão’, da Venezuela e congelar a entrada da Bolívia e perspectiva para novos membros. Trocarão farpas fortes sobre nada – se não baixar 0,00000000001% na compra de limpador de para-brisas, parafusos e para-choques…

Novas fotografias oficiais para juntar às também sorridentes da chegada, e ao fim do dia, descanso.

Países amigos. Presidentes idem. Líderes!

Passadas as vendas de escapamentos, retrovisores e extintores, os estadistas regionais que anularam o Mercosul – com Paraguai e Uruguai de eunucos abanadores – tratarão, com os bacanas do Norte, de rifar poços com milhões de barris de petróleo/dia e outros minerais estratégicos; cancelar projetos de defesa e soberania nacionais para comprá-los prontos da Metrópole; etc. Tudo para não passar vergonha com esses vizinhos desqualificados.

Como só esquentam a cadeira, nem para os que trabalham são recebidos. O Buda materialista argentino acolheu em 2016 o Prêmio Nobel da Paz 2009: isolou todas as ruas; pôs seus guardas para bater continência; levou as crianças para receber M&M’s e os adolescentes, aula de auto-ajuda com a esposa do Nobel; antes do principal tema da viagem, as férias da Paz, em família, por Bariloche. O influente bandeirante discursou na ONU; chegou a ir à China para sentir o respaldo, mas…

Sobram… Africanos, o racismo não dá; asiáticos, não toleram muito os traidores; Oceania pela Europa Ocidental, manda o Chanceler falar com as transnacionais e pronto. Sobram… Eles, Paraguai e Uruguai! “Que junto a nós, Brazil e Argentina, são membros-fundadores do Mercosul!”. Teve Colômbia, claro; Chile, Honduras e Peru, no máximo, num futuro próximo.

Cinco países! Uma… mãozinha direita, sempre ela, mal cumprimentada.

(Se não vender as chaves de fenda, macacos hidráulicos e luzes de freio, foi avisado pelo anfitrião, entre um escargot e outro, “O Brazil denunciará a nação co-irmã – afinal, não somos os isolados vermelhos da região – Argentina à OMC”.)

As amizades e o carinho entre os bem sucedidos, que sonho de consumo…

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